APRESENTAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CABEÇA E PESCOÇO E OTORRINOLARINGOLOGIA
HOSPITAL HELIÓPOLIS – SÃO PAULO / BRASIL
2011
A NECESSIDADE DE UM PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA O CÂNCER DA
CABEÇA E PESCOÇO
Aproximadamente 500 casos novos de câncer de cabeça e pescoço são
anualmente registrados no Departamento de Cabeça e Pescoço do
Hospital Heliópolis, SP. A incidência da doença tende a aumentar com
a idade e cerca de 70% dos casos estão na faixa etária entre 50 e 60
anos.
As taxas de sobrevida global em cinco anos são variáveis segundo o
sítio tumoral e, em geral, pacientes com diagnóstico precoce tem
melhores índices de cura ou maior sobrevida. Entretanto, no nosso
meio, a maioria dos pacientes apresenta-se ao diagnóstico com doença
em estádio avançado e a maior sobrevida é alcançada se o diagnóstico
e o tratamento forem estabelecidos o mais precoce possível.
Diretrizes de tratamento para o câncer da cabeça e pescoço para
todos os estádios fazem-se necessárias, porém, não dispomos de boas
evidências oriundas de estudos aleatorizados controlados para
guiar-nos na proposta terapêutica. A tomada da melhor decisão
clínica possível envolve um tipo de integração entre informação
científica e modelos científicos com experiências clínicas e, talvez
mais amplamente, compreensão cultural e experiências de vida, pois
pode se tratar de pessoas, com crenças, vontades e situações
diferentes, de modo que apenas um modelo de tomada de decisões que
leve em conta o maior número de fatores envolvidos estaria sendo
apropriado a esses indivíduos, em determinadas áreas geográficas.
Neste sentido, a implantação de diretrizes voltadas para um público
alvo, baseando metodologia científica associada a vivências
pessoais, poderia melhorar os resultados obtidos no tratamento deste
pacientes.
INTENÇÃO DO PROTOCOLO
Este protocolo não visa servir como um padrão ouro em cuidados com
câncer da cabeça e pescoço. Os padrões de cuidados são determinados
com base em todas as informações clínicas disponíveis para um caso
individual e estão sujeitos aos avanços do conhecimento científico e
tecnológico. Tais recomendações servem para substanciar a avaliação
final que deve ser feita por profissionais especialistas
responsáveis por decisões médicas relacionadas a procedimento
clínico particular ou plano de tratamento. Este julgamento deve
somente ser acreditado seguinte à discussão das opções com o
paciente, considerando-se o diagnóstico e as escolhas de tratamento
possíveis. |