GLÂNDULAS SALIVARES
Regras para Classificação
A classificação é aplicável somente para os carcinomas das glândulas
salivares maiores. Os tumores originários das glândulas salivares
menores (glândulas muco-secretoras na membrana de revestimento do
trato aero - digestivo superior) não se incluem nesta classificação,
mas na sua localização anatômica de origem, p. ex., lábio. Deve
haver confirmação histológica da doença.
Os procedimentos para avaliação das categorias T, N e M são os
seguintes:
- Categorias T Exame físico e diagnóstico por imagem
- Categorias N Exame físico e diagnóstico por imagem
- Categorias M Exame físico e diagnóstico por imagem
1. CLASSIFICAÇÃO DOS SUB SÍTIOS ANATÔMICOS – CID 10
• Glândula parótida (C07.9)
• Glândula submandibular (submaxilar) (C08.0)
• Glândula sub-lingual (C08.1)
2. T N M - Classificação Clínica – UICC/AJCC - 2009
T - Tumor Primário
TX - O tumor primário não pode ser avaliado
T0 - Não há evidência de tumor primário
T1 - Tumor com 2 cm ou menos em sua maior dimensão, sem
extensão extra-parenquimatosa.*
T2 - Tumor com mais de 2 cm até 4 cm em sua maior dimensão,
sem extensão extra-parenquimatosa*
T3 - Tumor com mais de 4 cm e/ou tumor com extensão extra
parenquimatosa*
T4a - Tumor que invade pele, mandíbula, canal auditivo ou
nervo facial
T4b - Tumor que invade base do crânio, lâminas pterigoides ou
adjacente à artéria carótida
N - Linfonodos Regionais
NX - Os linfonodos regionais não podem ser avaliados
N0 - Ausência de metástase em linfonodos regionais
N1 - Metástase em um único linfonodo homolateral, com 3 cm ou
menos em sua maior dimensão
N2 - Metástase em um único linfonodo homolateral, com mais de
3 cm até 6 cm em sua maior dimensão, ou em linfonodos homolaterais
múltiplos, nenhum deles com mais de 6 cm em sua maior dimensão, ou
em linfonodos bilaterais ou contralaterais, nenhum deles com mais de
6 cm em sua maior dimensão.
Nota: * Extensão extra parenquimatosa é a evidência
clínica ou macroscópica de invasão de partes moles ou nervo, exceto
aquele listado em T4a e T4b. A evidência microscópica isolada não
constitui uma extensão extra parenquimatosa, para efeito de
classificação.
N2a - Metástase em um único linfonodo homolateral, com mais
de 3 cm até 6 cm em sua maior dimensão
N2b - Metástase em linfonodos homolaterais múltiplos, nenhum
deles com mais de 6 cm em sua maior dimensão
N2c - Metástase em linfonodos bilaterais ou contralaterais,
nenhum deles com mais de 6 cm em sua maior dimensão
N3 - Metástase em linfonodo com mais de 6 cm em sua maior
dimensão
Nota: Os linfonodos da linha média são considerados
linfonodos homolaterais.
M - Metástase a Distância
MX - A presença de metástase a distância não pode ser
avaliada
M0 - Ausência de metástase a distância
M1 - Metástase a distância
GRUPAMENTO POR ESTÁDIOS
Estádio I - T1 N0 M0
Estádio II - T2 N0 M0
Estádio III - T3 N0 M0, T1, T2, T3 N1 M0
Estádio IVA - T1, T2, T3 N2 M0, T4a N0, N1, N2 M0
Estádio IVB - T4b Qualquer N M0, Qualquer T N3 M0
Estádio IVC - Qualquer T Qualquer N M1
DIRETRIZES DE TRATAMENTO
TUMORES RESSECÁVEIS, CLINICAMENTE BENIGNOS ATÉ 4 cm, NÃO TRATADOS
→ Solicitar TC / RM, se clinicamente indicados
→ Ressecção completa
→ Benigno ou Baixo grau → seguimento
→ Adenocístico ou graus intermediário ou alto → Radioterapia pós
operatótia
TUMORES RESSECÁVEIS, CLINICAMENTE SUSPEITOS PARA CÂNCER > 4 cm ou
LODO PROFUNDO, NÃO TRATADOS
→ Solicitar TC / RM
→ Considerar PAAF ou biópsia incisional
→ Ressecção cirúrgica (*exceto linfoma)
→ Benigno → seguimento
MALIGNO:
1. Parótida lobo superficial
→ N0 → parotidectomia
→ N+ → parotidectomia + esvaziamento cervical radical modificado
2. Parótida lobo profundo
→ N0 → parotidectomia total
→ N+ → parotidectomia total + esvaziamento cervical radical
modificado
3. Outras glândulas
→ N0 → ressecção completa
→ N+ → ressecção completa + esvaziamento cervical radical modificado
4. RADIOTERAPIA PÓS OPERATÓRIA
→ Ressecção incompleta
→ Graus intermediário ou alto
→ Invasão perineural
→ Adenocístico
→ Margens exíguas ou positivas
TUMORES TRATADOS PREVIAMENTE COM RESSECÇÃO INCOMPLETA
→ Exame loco-regional
→ TC / RM
→ Revisão histopatológica
→ Radiografia simples tórax
→ Exame físico e imagem negativos → RADIOTERAPIA
→ Doença residual → RESSECÇÃO + RADIOTERAPIA
ou
RADIOTERAPIA / QUIMIO-RDT
→ T4b → biópsia → RADIOTERAPIA ou QUIMIO-RDT
SEGUIMENTO AMBULATORIAL
→ Revisões ambulatoriais
→ Revisões trimestrais anos 1 e 2
→ Revisões semestrais anos 3 a 5
→ Revisões anuais após ano 5
→ Exame de imagem
→ Indicação clínica
→ TSH anual, se RDT pescoço
RECORRÊNCIA / METÁSTASE
1. Doença ressecável → CIRURGIA + RDT
2. Doença não ressecável → RDT ou QRT ou ENSAIO CLÍNICO |