CAVIDADE NASAL E SEIOS
PARANASAIS
Localizações e sub-localizações anatômicas
• Cavidade Nasal
- Septo
- Soalho
- Parede lateral
- Vestíbulo
• Seio maxilar
• Seio etmoidal
1. CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSÍTIOS ANATÔMICOS – CID 10
C30.0 - Cavidade Nasal
C31.0 - Seio maxilar
C31.1 - Seio etmoidal
2. CLASSIFICAÇÃO TNM – UICC / AJCC , 2004
T - Tumor Primário
TX - O tumor primário não pode ser avaliado
T0 - Não há evidência de tumor primário
Tis - Carcinoma in situ
Seio Maxilar
T1 - Tumor limitado à mucosa, sem erosão ou destruição óssea
T2 - Tumor que causa erosão ou destruição óssea, incluindo
extensão para o palato duro e/ou o meato nasal médio, exceto
extensão à parede posterior do seio maxilar e lâminas pterigoides
T3 - Tumor que invade qualquer umas das seguintes estruturas:
osso da parede posterior do seio maxilar, tecidos subcutâneos,
assoalho ou parede medial da órbita, fossa pterigoide, seios
etmoidais
T4a - Tumor que invade qualquer uma das seguintes estruturas:
conteúdo orbitário anterior, pele da bochecha, lâminas pterigoides,
fossa infratemporal, lâmina cribriforme, seio esfenoidal, seio
frontal
T4b - Tumor que invade qualquer uma das seguintes estruturas:
ápice da órbita, dura máter, cérebro, fossa craniana média, outros
nervos cranianos que não o da divisão maxilar do trigêmeo V2,
nasofaringe, clivus
Cavidade Nasal e Seio Etmoidal
T1 - Tumor restrito a uma das sub-localizações da cavidade
nasal ou seio etmoidal, com ou sem invasão óssea
T2 - Tumor que envolve duas sub-localizações de uma única
localização ou que se estende para uma localização adjacente dentro
do complexo naso-etmoidal, com ou sem invasão óssea
T3 - Tumor que se estende à parede medial ou assoalho da
órbita, seio maxilar, palato, ou lâmina cribriforme
T4a - Tumor que invade qualquer uma das seguintes estruturas:
conteúdo orbitário anterior, pele do nariz ou da bochecha, extensão
mínima para fossa craniana anterior, lâminas pterigóides, seio
esfenoidal, seio frontal
T4b - Tumor que invade qualquer uma das seguintes estruturas:
ápice da órbita, dura-máter, cérebro, fossa craniana média, outros
nervos cranianos que não seja o da divisão maxilar do trigêmeo V2,
nasofaringe, clivos.
N - Linfonodos Regionais
NX - Os linfonodos regionais não podem ser avaliados
N0 - Ausência de metástase em linfonodos regionais
N1 - Metástase em um único linfonodo homolateral, com 3 cm ou
menos em sua maior dimensão
N2 - Metástase em um único linfonodo homolateral, com mais de
3 cm até 6 cm em sua maior dimensão; ou em linfonodos homolaterais
múltiplos, nenhum deles com mais de 6 cm em sua maior dimensão; ou
em linfonodos bilaterais ou contralaterais, nenhum deles com mais de
6 cm em sua maior dimensão
N2a - Metástase em um único linfonodo homolateral, com mais
de 3 cm até 6 cm em sua maior dimensão
N2b - Metástase em linfonodos homolaterais múltiplos, nenhum
deles com mais de 6 cm em sua maior dimensão N2c Metástase em
linfonodos bilaterais ou contralaterais, nenhum deles com mais de 6
cm em sua maior dimensão
N3 - Metástase em linfonodo com mais de 6 cm em sua maior
dimensão
M - Metástase a Distância
MX - A presença de metástase a distância não pode ser
avaliada
M0 - Ausência de metástase a distância
M1 - Metástase a distância
Grupamento por Estádios
Estádio 0 - Tis N0 M0
Estádio I - T1 N0 M0
Estádio IIA - T2a N0 M0
Estádio IIB - T1 N1 M0, T2a N1 M0, T2b N0, N1 M0
Estádio III - T1 N2 M0, T2a, T2b N2 M0, T3 N0, N1, N2 M0
Estádio IVA - T4 N0, N1, N2 M0
Estádio IVB - Qualquer T N3 M0
Estádio IVC - Qualquer T Qualquer N M1
3. AVALIAÇÃO PRÉ TRATAMENTO
À primeira consulta os pacientes com tumor de cavidade nasal e seios
paranasais serão submetidos à seguinte rotina:
1) EXAME LOCO-REGIONAL
2) BIÓPSIA (revisão de lâmina caso biópsia externa)
preferencialmente por nasofibroscopia.
3) RADIOGRAFIA SIMPLES DE TÓRAX
4) TOMOGRAFIA PESCOÇO e FACE com contraste, ou RM
5) ROTINA SANGUE (incluindo pré-albumina / albumina /
proteína C reativa)
6) TOMOGRAFIA TÓRAX (para casos com EC IV e/ou alteração à
radiografia simples)
7) AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
8) AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO
9) ESTOMATOLOGIA
10) SERVIÇO SOCIAL
11) PSICOLOGIA
4. DIRETRIZES DE TRATAMENTO
→ CAVIDADE NASAL
→ cirurgia via natural ou rinotomia lateral
→ radioterapia associada à quimioterapia para casos T4b e ou
inoperáveis
→ SEIOS PARANASAIS
→ SEIO ETMÓIDE
→ PRIMEIRO DIAGNÓSTICO
T1-T4a ressecável:
→ Ressecção
T4b:
→ Quimio/Radioterapia
→ DIAGNÓSTICO PÓS EXCISÃO INCOMPLETA
→ Com doença residual grosseira => Cirurgia + Radioterapia
→ Sem doença clínica ou radiológica => Radioterapia
→ SEIO MAXILAR
T1-2,N0 (todos os tipos histológicos, exceto adenóide cístico)
→ Ressecção
T1-2,N0 (adenóide cístico)
→ Ressecção
NOTA: se supra-estrutura → Radioterapia pós operatória
se infra-estrutura → Critério histologia pós operatório
T3T4 operável,N0 - CEC:
→ Ressecção
T4bqN - CEC:
→ Quimio/Radioterapia ou estudo clínico
qTN+ ressecável – CEC:
→ Ressecção + esvaziamento cervical
Observações:
Limitações anatômicas para ressecções extensas de tumores paranasais
NÃO
CONTRA-INDICA |
CONTRA-INDICAÇÃO RELATIVA* |
CONTRA-INDICAÇÃO ABSOLUTA |
Invasão
placas pterigóides |
Invasão
dura mater |
Metástase a distância |
Invasão
fossa infra temporal |
Invasão
cerebral mínima |
Invasão
cerebral extensa |
Invasão
órbita unilateral |
Invasão
seio esfenóide |
Metástase à base do crânio |
Invasão
nasofaringe |
Invasão
seio cavernoso unilateral |
Invasão
bilateral seio cavernoso |
Metástases regionais |
Invasão
do clivus |
Infiltração artéria carótida bilateral |
Infiltração artéria carótida unilateral |
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TRATAMENTO COMPLEMENTAR
→ Radio-quimioterapia (sítio primário): casos de margens
(recortadas) positivas ao exame histopatológico, lesões T4,
infiltração perineural presente.
→ Radio-quimioterapia (campos de drenagem cervical): casos em que o
exame histopatológico evidenciar pN+, exceto aqueles pN1 sem ruptura
capsular microscópica na primeira estação de drenagem com até 2 cm.
SEGUIMENTO AMBULATORIAL
1. Reabilitação fonoaudiológica e/ou protética: Revisão ambulatorial
logo após a alta hospitalar.
2. Retorno mensal nos primeiros dezoito meses de pós-operatório.
Trimestral até o quinto ano e semestral ou anual após.
3. Solicitar radiografia de tórax anualmente ou aos mínimos sintomas
de anormalidades pulmonares.
4. Acesso facilitado ao ambulatório, fora dos horários ordinários
agendados, caso manifestem-se quaisquer sintomas potencialmente
associados à recorrência tumoral.
5. Avaliação nutricional, psicológica e do serviço social pré
tratamento e seguimento ambulatorial regular pós tratamento.
6. Testes de função tireóidea um mês após o término do tratamento,
seis meses após e então anualmente nos casos submetidos à
radioterapia no pescoço.
NOTA: Em todos os casos submetidos à radioterapia e
quimioterapia, realização de exame de imagem (CT pescoço) e
fibrolaringoscopia após 30 dias de término do tratamento. Nos casos
com suspeita de recidiva: Biópsia para confirmação diagnóstica:
fibrolaringoscopia, laringoscopia direta Nos casos de persistência
da suspeita de recidiva com biópsia (-): 1.CT 2.RNM 3. FDG-PET- CT
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