CARCINOMA DE NASOFARINGE
Localizações e sub-localizações anatômicas
1. Parede póstero-superior: estende-se desde o nível da
junção do palato duro com o palato mole até a base do crânio (C11.0,
1)
2. Parede lateral: incluindo a fossa de Rosenmüller (C11.2)
3. Parede inferior: consiste na superfície superior do palato
mole (C11.3)
1. CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSÍTIOS ANATÔMICOS – CID 10
C11 – Nasofaringe
C11.1 – Parede póstero-superior
C11.2 – Parede lateral
C11.3 – Parede inferior
2. CLASSIFICAÇÃO TNM – UICC / AJCC , 2094
T1 - Tumor confinado à nasofaringe, orofaringe ou cavidade
nasal sem extensão parafaríngea
T2 - Tumor com extensão parafaríngea
T3 - Tumor que invade estruturas ósseas da base do crânio
e/ou seios paranasais
T4 - Tumor com extensão intracraniana e/ou envolvimento de
nervos cranianos, fossa infratemporal, hipofaringe, órbita ou espaço
mastigador
N - Linfonodos Regionais
N0 - Ausência de metástases em linfonodos regionais
N1 - Metástase cervical unilateral, unilateral ou bilateral
em linfonodo(s) retrofaríngeos, com 6 cm ou menos em sua maior
dimensão, acima da fossa supra clavicular
N2 - Metástases cervicais bilaterais em linfonodo(s) com 6 cm
ou menos em sua maior dimensão acima da fossa supra clavicular
N3 - Metástase em linfonodo(s) com mais de 6 cm em sua maior
dimensão ou em fossa supra-clavicular
N3a - com mais de 6 cm em sua maior dimensão
N3b - na fossa supra-clavicular
M - Metástase a Distância
cM0 - Ausência de metástase clínica a distância
cM1 - Metástase a distância, em geral baseado em CT
pM1 – metástase a distância com comprovação
histológica/citológica
Grupamento por Estádios
Estádio I - T1 N0
Estádio II - T1 N1, T2 N0, N1
Estádio III - T1,T2 N2, T3 N0, N1, N2
Estádio IVA - T4 N0, N1, N2
Estádio IVB - Qualquer T N3
Estádio IVC - Qualquer T Qualquer N M1
3. AVALIAÇÃO PRÉ TRATAMENTO
À primeira consulta os pacientes com tumor de nasofaringe serão
submetidos à seguinte rotina:
1) EXAME LOCO-REGIONAL
2) BIÓPSIA (revisão de lâmina caso biópsia externa)
preferencialmente por nasofibroscopia.
3) RADIOGRAFIA SIMPLES DE TÓRAX
4) TOMOGRAFIA PESCOÇO e FACE com contraste, ou RM
5) ROTINA SANGUE (incluindo pré-albumina / albumina / proteína C
reativa)
6) TOMOGRAFIA TÓRAX (para casos com EC IV e/ou alteração à
radiografia simples)
7) AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
8) AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO
9) ESTOMATOLOGIA
10) SERVIÇO SOCIAL
11) PSICOLOGIA
4. DIRETRIZES DE TRATAMENTO
O tratamento de escolha é a Radioterapia associada à quimioterapia,
reservando-se a cirurgia para resgate cervical.
T1T2N0M0
→ RADIOTERAPIA EXCLUSIVA
T1T2a, N1-3;
T2b-T4,qN
→ QUIMIO/RADIOTERAPIA CONCOMITANTES
qTqNM1
→ QUIMIOTERAPIA → se RESPOSTA COMPLETA → RADIOTERAPIA
SEGUIMENTO AMBULATORIAL
1. Reabilitação fonoaudiológica e/ou protética: Revisão ambulatorial
logo após a alta hospitalar.
2. Retorno mensal nos primeiros dezoito meses de pós-operatório.
Trimestral até o quinto ano e semestral ou anual após.
3. Solicitar radiografia de tórax anualmente ou aos mínimos sintomas
de anormalidades pulmonares.
4. Acesso facilitado ao ambulatório, fora dos horários ordinários
agendados, caso manifestem-se quaisquer sintomas potencialmente
associados à recorrência tumoral.
5. Avaliação nutricional, psicológica e do serviço social pré
tratamento e seguimento ambulatorial regular pós tratamento.
6. Testes de função tireóidea um mês após o término do tratamento,
seis meses após e então anualmente nos casos submetidos à
radioterapia no pescoço.
NOTA: Em todos os casos submetidos à radioterapia e
quimioterapia, realização de exame de imagem (CT pescoço) e
fibrolaringoscopia após 30 dias de término do tratamento. Nos casos
com suspeita de recidiva: Biópsia para confirmação diagnóstica:
fibrolaringoscopia, laringoscopia direta Nos casos de persistência
da suspeita de recidiva com biópsia (-): 1.CT 2.RNM 3. FDG-PET- CT
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