Tumores de Pele
No Brasil, o câncer de pele não melanoma continua sendo o tipo de câncer
mais incidente para ambos os sexos. sua letalidade é considerada
baixa; porém, em alguns casos em que há demora no diagnóstico, esse
câncer pode levar a ulcerações e deformidades físicas graves.
O número de casos novos de câncer de pele não melanoma estimado para
o Brasil no ano de 2010 será de 53.410 entre homens e de 60.440 nas
mulheres. estes valores correspondem a um risco estimado de 56 casos
novos a cada 100 mil homens e 61 para cada 100 mil mulheres.
Em Pernambuco, são estimados para o ano de 2010, pelo ministério da
saúde, 19.670 casos de câncer, sendo destes 6.590 casos estimados de
câncer de pele.
O câncer de pele não melanoma é o mais incidente em homens na
maioria das regiões do Brasil, com um risco estimado de 55/100.000
na região nordeste.
Os carcinomas basocelulares (60%) e o carcinoma epidermióide (30%)
são os dois tipos mais frequentes de câncer de pele não melanoma. o
melanoma de pele é menos freqüente (6%) que os outros tumores de
pele.
Quanto ao melanoma, sua letalidade é elevada; porém sua incidência é
baixa (2.960 casos novos em homens e 2.970 casos novos em mulheres).
as maiores taxas estimadas em homens e mulheres encontram-se na
região sul. o prognóstico do melanoma de pele pode ser considerado
bom se detectado nos estádios iniciais. nos últimos anos, houve uma
grande melhora na sobrevida dos pacientes com esse tipo de câncer,
principalmente devido à detecção precoce do mesmo.
A maioria dos cânceres de pele ocorre devido à exposição excessiva
ao sol. em geral, para o melanoma, um maior risco inclui história
pessoal ou familiar de melanoma. outros fatores de risco para todos
os tipos de câncer de pele incluem: sensibilidade da pele ao sol,
história de exposição solar excessiva, doenças imunossupressoras e
exposição ocupacional. além disso, os pacientes imunocomprometidos
(como os transplantados renais) têm um maior risco para o
desenvolvimento do câncer de pele não melanoma.
A prevenção do câncer de pele, inclusive os melanomas, inclui ações
de prevenção primária, por meio de proteção contra luz solar, que
são efetivas e de baixo custo. o auto-exame também contribui para o
diagnóstico precoce. ao surgimento de manchas/sinais novos ou
mudança em alguns, o indivíduo deve procurar o dermatologista. a
educação em saúde é também outra estratégia internacionalmente
aceita, tanto para profissionais quanto para a população em geral,
no sentido de alertar para a possibilidade de desenvolvimento de
câncer de pele e de possibilitar o reconhecimento de alterações
precoces sugestivas de malignidade.
Homens |
Estimativas para o ano 2010 (Pernambuco e Recife) das taxas
brutas de incidência por 100 mil e de número de casos novos
por câncer, em
homens, segundo
localização primária* |
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fonte:
www.inca.gov.br |
Mulheres |
Estimativas para o ano 2010 (Pernambuco e Recife) das taxas
brutas de incidência por 100 mil e de número de casos novos
por câncer, em mulheres,
segundo localização primária* |
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fonte:
www.inca.gov.br |
A cirurgia de ressecação do câncer corresponde à principal arma
terapêutica contra o câncer de pele, sempre com uma visão ontológica
de obtenção de margens cirúrgicas livres de neoplasia e com respeito
às linhas de força da pele, para obtenção de resultados estéticos
aceitáveis.
Tumores iniciais são de mais simples reconstrução, com bons
resultados estéticos com reparações por sutura primária simples.
Tumores mais avançados podem exigir reparações mais complexas feitas
com retalhos ou enxertos e com um planejamento considerando o
sucesso de controle ontológico da doença e um resultado estético e
funcional satisfatórios.
Outra parte importante do tratamento das neoplasias da pele é o
tratamento do pescoço metastático. o esvaziamento ganglionar
cervical é a escolha terapêutica para os casos indicados.
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